domingo, 23 de dezembro de 2012

Estudante de engenharia de 19 anos é morto durante ronda policial em São Lourenço da Mata


Um jovem, de 19 anos, morreu, na madrugada deste domingo (23), atingido por um disparo efetuado por um policial militar, em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. A vítima, Alex Moura da Silva, estava junto com amigos em uma festa, quando por volta das 4h30 da manhã, se dirigiu, junto com o grupo, para um campo de futebol da comunidade, conhecido como Várzea.
Segundo informações, as cerca de oito pessoas, todos maiores de idade, procuraram o local, esmo e com baixa iluminação, para consumir bebidas e drogas, quando teriam sido surpreendidos por uma viatura do Grupo de Apoio Tático Itinerante (Gati), que trafegava pelo local.
Alex e sua filhinha de apenas 3 meses /foto facebook
De acordo com testemunhas, que não quiseram se identificar, os rapazes se jogaram ao chão para tentar se esconder, quando ouviram o som do disparo de arma de fogo, que atingiu um deles. Ainda conforme o relato, o veículo se aproximou e o PM se ofereceu para levar o rapaz para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Caxangá. Alex Moura, que era estudante de engenharia civil de uma faculdade particular do Recife, morreu poucos minutos depois de dar entrada na unidade de saúde.
A delegada Gleide Ângelo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), classificou a atitude como completamente inadequada, destacando ainda, que nenhum dos jovens estavam armados. “A polícia só pode atirar em uma ação de defesa. Disparar desta forma, no escuro, ceifando uma vida, é algo inaceitável”, ressaltou. O autor do disparo teve a identidade preservada e foi encaminhado à unidade prisional militar. As investigações sobre o incidente devem continuar.
O sepultamento de Alex Moura da Silva, que residia no bairro de Penedo, foi nesse domingo (23), no Cemitério de São Lourenço da Mata. O jovem, que era filho de comerciantes bastante conhecidos na área, deixou uma filha, de apenas três meses de idade. Amigos e familiares se mostraram revoltados com o caso e afirmaram que esperam por justiça.

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