quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Pai de santo que prometia trazer a pessoa amada em três horas é condenado

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou Edmar dos Santos Araújo, conhecido como "pai Bruno", a cinco anos e quatro meses de prisão, a serem cumpridos no regime semiaberto. A decisão do juiz Vinícius Marcondes de Araújo foi divulgada na terça-feira .

Edmar Araújo, que vai responder por estelionato, formação de quadrilha e extorsão, colocava anúncios em jornais prometendo trazer a pessoa amada em três horas. Uma das vítimas de "pai Bruno" disse que mesmo após pagar a quantia inicial do serviço recebeu ligações do "prestador do serviço" pedindo mais dinheiro.


Alex Alberto de Souza, que trabalhava para Araújo recolhendo o dinheiro das vítimas e objetos pessoais para a suposta realização de trabalhos de magia negra, também foi condenado a quatro anos e dez meses de reclusão, a ser cumprido no regime semiaberto.
Os réus foram presos em flagrante ao extorquirem e ameaçarem um homem, no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, em junho deste ano. Enquanto Souza alegou que somente cumpriu com o seu trabalho de motoboy, Edmar Araújo, em sua defesa, disse que não há estelionato na conduta daquele que oferece providência espiritual, por ser um tema atinente à fé, constitucionalmente assegurado.
Na sentença, no entanto, o juiz explica que "Pai Bruno" usava a fé religiosa das pessoas para cometer crimes. E que o serviço oferecido (trazer a pessoa amada em três horas), não é possível. "O próprio conteúdo da obrigação corrobora a convicção de que o objetivo de pai Bruno era enganar. Se assim fosse, musas e atores famosos badalados pela mídia estariam perdidos, diante da legião de fãs que dizem amá-los", afirmou Marcondes.
UOL

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