quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Juiz americano condena estudante a 10 anos de frequência à igreja

Tyler Alred 
O juiz Mike Norman, de Oklahoma (EUA), condenou o estudante Tyler Alred (foto), 17, a 10 anos de liberdade condicional, com a obrigatoriedade de frequentar regularmente nesse período uma igreja. A sentença tem gerado polêmica entre juristas porque, em um país laico, ninguém pode ser condenado a assistir a cultos, até porque o réu pode ser ateu.

No dia 3 de dezembro de 2011, na cidade de Tulsa, Alred, dirigindo bêbado, bateu o carro em uma caminhonete, matando John Lucas Dum, 16, um dos seus passageiros.

No Estado de Oklahoma há pena de prisão a menor de idade que comete homicídio, mesmo culposo (sem intenção de matar).

Contudo, Alred, conseguiu comover a tribunal assumindo a culpa pela morte do amigo, pedindo uma chance para mudar sua vida.

Ajudou também, na definição da sentença, a manifestação de parentes de Dum de não desejarem ver Alred atrás das grades. “Não é preciso haver duas vidas desperdiçadas por causa de um erro”, disse Caitlin, irmã da vítima.

Além de frequentar a igreja, Alred terá de obter o diploma do ensino médio e fazer um curso de graduação e não poderá tomar álcool e outros tipo de drogas. Também não poderá fumar.

Donn Baker, advogado de Alred, disse não haver para seu cliente nenhum problema ter de ir aos domingos a uma igreja, o que ele já faz.

Mas para o professor de direito Randall Coyne, da Universidade de Oklahoma, a sentença “levanta questões legais por causa da separação entre Igreja e Estado”.

O professor Gary Allison, da Universidade de Tulsa, disse que a Justiça não pode obrigar ninguém a participar de atividades religiosas. Além disso, “eu não sei por que uma igreja gostaria de ter alguém em seus cultos por imposição judicial.”


Paulopes
Alred assumiu a culpa pela morte
de um amigo em acidente de carro

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