quarta-feira, 23 de maio de 2012

Investigação de racismo em clipe de Alexandre Pires é arquivada



Mr. Catra cercado de mulheres no clipe de Alexandre Pires
Mr. Catra cercado de mulheres no clipe de Alexandre Pires Foto: Reprodução da internet


O cantor Alexandre Pires já pode respirar aliviado. O Ministério Público Federal de Uberlândia, em Minas Gerais, decidiu arquivar a investigação que apurava se havia racismo no clipe da música “Kong”, que tem participação de Neymar e Mr. Catra. O MPF acredita que “não é possível concluir ao menos objetivamente, pela ocorrência de racismo, por absoluta ausência do elemento subjetivo caracterizador dessa conduta lesiva”.

O procedimento administrativo teve início no fim de abril após uma representação da Ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), que acusava o clipe de ser racista e sexista, por mostrar mulheres de biquíni e os três negros fantasiados de gorilas em uma festa.
O procurador da República Frederico Pellucci registrou o arquivamento argumentando que “a despeito de se reconhecer a utilização da figura do macaco como expressão preconceituosa em relação à população negra, não se avista, no presente caso, essa intenção”.

Pellucci diz ainda que “a invocação ao gorila tem mais a ver com a virilidade do que com a negritude, porquanto não se olvida que o macaco, como expressão da origem animal do homem, é objeto de inúmeras relações quando o assunto é virilidade, fetiche, força e masculinidade”.

Para o procurador, “não se pode dizer que a letra da música ou seu videoclipe tiveram a intenção de atacar quem quer que seja, mas sim apresentar-se de maneira descontraída e bem-humorada, descabendo adentrar na discussão quanto ao bom ou mau gosto na escolha das respectivas expressões e cenas”.

extra

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